A iniciativa é da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que pretende tirar partido da «combinação ideal» que estes vinhos asseguram com a gastronomia japonesa para promover o crescimento das exportações.

Em 2015, os vinhos verdes venderam 570 mil euros para este mercado, o que representou um aumento de 49% face ao ano anterior, mas a convicção dos operadores é que as potencialidades são muito maiores. Basta ter em conta que a metrópole de Tóquio tem 13,35 milhões de habitantes.

E o consumo per capita de vinho é, ainda, muito baixo. Está abaixo dos 10 litros ao ano. Só para que se tenha uma ideia, o consumo per capital de vinhos em Portugal ronda os 40 litros ao ano. «É um país que gosta de vinhos brancos e de elevada qualidade. É um mercado ainda muito pequeno para os vinhos verdes, mas que foi considerado estratégico a par dos grandes, como a Alemanha ou os Estados Unidos, porque se entendeu que é um mercado de valor que vai remunerar bem os vinhos Verdes de grande qualidade», explicou o presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro.

Além da grande prova e da participação das empresas portuguesas na feira Wine and Gourmet, que decorre de 13 a 15 de abril, a semana na capital nipónica fica marcada por várias iniciativas dirigidas a importadores e à imprensa especializada local, como um seminário educativo com Nobuhiko Hashimoto, formador na Academie du Vin - a escola de vinhos mais antiga do Japão e que, em 2017, comemora 30 anos -, ou as formações técnicas sobre a centenária Região dos Vinhos Verdes.

Fonte: Dinheiro Vivo